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Opinião | Cidadania ativa e solidária

Por Wagner Pinto Domingos

postado em 12/12/2017 16:46 / atualizado em 14/12/2017 14:43

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Nada mais atual e necessário que discutir a cidadania. De uma forma ou de outra, todos nós temos dela um conceito, já a reivindicamos ou já presenciamos uma situação em que tenha sido desrespeitada ou reafirmada. È a sociedade em evolução, onde os cidadãos tomam consciência do seu papel e passam a agir na garantia dos seus direitos.

Certo também que, voluntária ou involuntariamente, nos preocupamos mais com os direitos, descuidando-nos da inarredável verdade de que o conceito comporta ônus e bônus. Tudo em favor do coletivo, primazia do regime social democrático.

Interessante observar que, embora tentemos em algumas situações formular conceitos empolados, a cidadania se revela em ações simples de sadio convívio social.

Classificando ou graduando a condição de cidadão, se é que podemos assim proceder, encontraremos fases, intensidades ou estágios: o “pacato” cidadão, o cidadão “ativo”, o cidadão “passivo” e, afinal, com toda a nossa reverência, o cidadão “ativo e solidário”.

A primeira reflexão deve nos encaminhar à conclusão de que a cidadania encerra, em essência, direitos e obrigações. Sem dúvida, um bom começo.

As deformações, para o nosso desencanto, podem levar a ações de individualidade excessiva, revelando aquele que só se interessa em levar vantagem, ou de desânimo absoluto, representado por quem desacredita em tudo e em todos. O primeiro, típico “esperto”, e o segundo, o “apático”, com certeza, colaboram para a inércia e a desagregação da população.

A redenção da sociedade está no cidadão ativo e solidário, consciente de que deve exercer os seus direitos e cumprir as suas obrigações, orientado para além do individual, agindo dentro de uma perspectiva coletiva e contribuindo para a mobilização da sociedade, instrumento pelo qual se operará a tão esperada mudança. E acreditemos, ele está entre nós e em número considerável, clamando pela nossa participação. Olhemos, pois, em nossa volta e para dentro de nós mesmos.

Votar com consciência; respeitar as leis de trânsito, o idoso, a criança; proteger o meio ambiente; agir com tolerância em relação às diferenças; pagar os tributos devidos e fiscalizar a aplicação dos recursos públicos; auxiliar no processo de informação da população; participar da associação de bairro, da Igreja, da organização não-governamental, do sindicato e do partido político (seja ele qual for) são alguns exemplos de gestos e comportamentos, por vezes simples, mas de grande significado moral e ético, da prática política na construção de uma sociedade efetivamente livre, justa e solidária.  Sonhemos, acordados e atuantes!

*Wagner Pinto Domingos é auditor fiscal aposentado do Estado de Minas Gerais.
wagnerpd@uol.com.br

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