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Artigo | Quem vai pagar o pato da dívida de SP?

postado em 22/06/2016 14:31 / atualizado em 22/06/2016 14:33

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O agente fiscal de Rendas do Estado de São Paulo, Jefferson Valentim, trouxe à tona um tema importante para a população, abordando os impactos das negociações que estão sendo realizadas pelo Governo de São Paulo com a União por meio do PLP 257/2016.

Publicado em jornais de circulação na capital paulista, no dia 20/06, Valentim questiona diretamente quem vai pagar o pato da dívida.

 

Quem vai pagar o pato da dívida de SP?

Embora a arrecadação do Estado tenha subido acima da inflação nos últimos anos, sem qualquer melhoria na qualidade dos serviços públicos, o fato é que o Governo de São Paulo está de joelhos, negociando com a União, por meio do projeto de lei (PLP 257), algumas “facilidades” para quitar dívidas de mais de 266 bilhões. Difícil entender, não!

Nem tanto. Na prática fica claro um desequilíbrio digno das mais primárias formas de administração. Mas considerando o estrago já feito, afinal, porque o Governo criou o tal “PLP 257”? Trata-se de uma forma de criar garantias para o governo federal (sem que a União tenha pedido) para mostrar que os “cintos serão apertados”. Até aí tudo bem, não fosse o fato de que as tais “garantias” irão afetar duramente a vida dos cidadãos paulistas.

Isso significa que os professores, policiais e demais servidores do Estado, que têm o salário entre os menores do País, ficarão dois anos sem aumento. Significa que nenhum programa social será ampliado, e também que nenhuma nova escola será aberta, ou vaga em hospital será criada e também não serão ampliadas as rondas policiais, simplesmente porque nenhum professor, médico, enfermeiro ou policial poderá ser contratado.

O curioso dessa história toda e a “solução mágica” criada sob a sigla “PLP 257” é que em momento algum foi discutida a redução dos benefícios fiscais concedidos às grandes empresas.

Várias outras medidas poderiam solucionar a questão, por exemplo, uma redistribuição da carga tributária que faça com que os mais ricos contribuam em maior proporção, a criação do imposto sobre grandes fortunas ou mesmo fim da isenção de IR sobre a distribuição de lucros.

Então, por que o Estado insiste em punir os menos favorecidos? Os trabalhadores que vêm pagando a conta de uma carga tributária injustamente distribuída, agora ganham a serviço público ainda mais sucateado.

E o pior, sem que tenham sido responsáveis por essa dívida, que aliás, precisa ainda ser muito bem explicada pelo governador…

 

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