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Após greve, defesa do ICMS vira palanque nos Estados

postado em 05/06/2018 12:19 / atualizado em 05/06/2018 12:19

Pré-candidatos ao governo de Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul e Pernambuco usaram a greve de caminhoneiros, na semana passada, como palanque para criticar a política de formação de preços de combustíveis adotada pelo governo federal e defender a parte que cabe aos Estados neste quinhão: o ICMS. O imposto estadual é responsável por 14% do preço do diesel e 28% do da gasolina.

Entre os governadores, pré-candidatos à reeleição, os petistas Rui Costa (Bahia) e Fernando Pimentel (Minas) foram os mais incisivos, em contraste com a discrição do pernambucano Paulo Câmara (PSB) e o gaúcho Ivo Sartori (MDB).

“O governo federal não pode continuar aceitando uma política de reajustes automáticos, que só visa lucro e acúmulo de receita para os acionistas da Petrobrás”, disse Pimentel, um dos governadores que recusaram a proposta de repassar aos Estados a redução do ICMS. “Não é de responsabilidade dos Estados, muito menos do povo, pagar essa conta.”

“Entendo que a política de preços (dos combustíveis) tem que ser revista pelo governo federal, ao invés de querer jogar o problema para os Estados brasileiros. Esta política de preços praticada pela Petrobrás é irracional”, completou Costa.

Principais nomes da oposição em Minas e na Bahia, Antonio Anastasia (PSDB) e José Ronaldo (DEM) foram concisos nas redes sociais. O tucano mineiro defendeu a pacificação e a “busca de soluções”, enquanto o baiano criticou a falta de diálogo do governo com os grevistas.

No Rio Grande do Sul, ao menos três pré-candidatos ao governo, Eduardo Leite (PSDB), Jairo Jorge (PDT) e Luis Carlos Heize (PP), defenderam a redução da carga tributária. Para o tucano, o governo gasta mal. O pedetista afirmou que o Brasil precisa diminuir “impostos e a burocracia” e Heize disse ser a favor da revisão da política de preços dos combustíveis.

Em Pernambuco, as principais críticas partiram do pré-candidato Armando Monteiro (PTB). Segundo ele a paralisação foi o resultado da “política de preço exercida pela Petrobrás e a estrutura tributária vigente”.

Fonte:  Estadão

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